quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Artigo 4 - DESAFIO DA GESTÃO EDUCAIONAL HUMANIZADORA


Rosemeri Vieira Bujes


Faculdades Integradas Portal
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão e Surpevisão Escolar com ênfase em Políticas
Teorias da Administração e Gestão Escolar
         


RESUMO

A escola urge a necessidade de se instituir uma gestão educacional humanizadora porque o ser humano é caracterizado pelos seus poderes, suas capacidades e seus projetos. Para tanto, é importante desenvolver uma gestão com maior participação da comunidade escolar nos processos decisórios da escola. Mas, para isso, há a necessidade de um gestor que saiba planejar, motivar, elogiar, dirigir, delegar e reconhecer.

Palavras-chave: Gestor; Necessidade; Participação


1 INTRODUÇÃO

  
Ao prestar maior atenção ao impacto da gestão participativa no trabalho da escola, é possível afirmar que o diretor sozinho não soluciona todos os problemas e necessidades relativas à sua escola. A complexidade do processo do ensino vai depender do apoio, da ação coletiva e espírito de equipe, que vem acarretar num grande desafio a gestão educacional.


2 DESAFIOS DA GESTÃO EDUCACIONAL HUMANIZADORA
Ser gestor de uma escola pública, nos dias de hoje não é uma tarefa muito fácil, pois tem sido considerado como um burocrata a serviço das cúpulas administrativas.
 Na educação, gestão significa mobilizar pessoas e recursos para atender exigências que passam pela mão do diretor. Portanto, fica imprescindível uma escola que apresente características mínimas de organização. Uma escola bem organizada e dirigida cria condições favoráveis ao processo ensino-aprendizagem, pois a comunidade escolar espera encontrar na escola condições dignas de atendimento e, racionalidade e transparência no uso dos recursos financeiros.
 Para Libâneo (2003), as escolas são organizações onde os seres humanos interagem para a formação humana de seus semelhantes. Para que as escolas funcionem é necessário que o gestor tenha a capacidade de tomar decisões e de assumir o controle delas, ocorrendo, desta forma, a gestão.
 E mais:

[...] O estudo de organização e de gestão denominado democrático-participativo acentua tanto a necessidade de estabelecer objetivos e metas quanto a de prever formas organizativas e procedimentos mais explícitos de gestão e de articulação das relações humanas. A organização torna-se um agrupamento humano formados por interações entre pessoas com cargos diferentes, especialidades distintas e histórias de vida singulares que, entretanto, compartilham objetivos comuns e decidem, de forma pública, participativa e solidária, os processos e os meios de conquista desses objetivos (LIBÂNEO, 2003, p.382).

Por meio desse estilo de gestão, a educação pode ser exercida em sua totalidade. Para tanto, os gestores devem mediar as inter-relações e interações para que ocorra um processo de ensino-aprendizagem de qualidade, no qual todos terão voz e vez.
 Na participação da comunidade na escola, é preciso levar em conta a dimensão em que o modo de pensar e de agir das pessoas que aí atuam facilita/incentiva ou dificulta/impede a participação dos usuários. Torna-se importante que se considere tanto a visão da escola a respeito da comunidade quanto a sua postura da própria participação popular.
 A escola não pode ser tomada como uma grande família, visto que ela é um campo de tensão e apresenta vários conflitos, que precisam se considerados. Por isto, o gestor tem que ser o mediador dentro deste emaranhado que se torna a escola.
 Para uma gestão democrática, é preciso que a escola saiba trabalhar em equipe, e, para isso, é necessário que o gestor conheça bem o ambiente escolar (alunos, professores e comunidade), para que consiga delegar tarefas e ter bem claro os objetivos que se almejam pra esta gestão.
 Por este ponto de vista, o que um gestor educacional mais necessita para tornar uma gestão democrática e humanizadora, são duas competências básicas: liderança e coordenação. Destas habilidades depende a direção das potencialidades humanas em favor do processo educativo. Ao menos, são essas as características que se deseja encontrar em um gestor educacional.
 3 CONCLUSÃO
                  Falar em gestão democrática é acreditar em uma educação social, em uma escola construída a partir da ação coletiva. A partir dessa administração será possível desenvolver e vivenciar a democracia.
Dessa forma, buscar a gestão democrática requer conquistar a própria autonomia escolar. Sua trajetória traz a descentralização, o crescimento profissional e a valorização escolar, da comunidade e consequentemente do gestor e da equipe que esta envolvida no processo. Portanto, só assim o gestor não cairá no risco de ações pragmáticas e tecnicistas, mas proverá as inter-relações, compreenderá as diferenças e priorizará sempre o bem-comum.
É importante que o diretor tenha absoluta convicção da sua responsabilidade, estando, pois, aptos a novos e constantes desafios sendo o sujeito vigilante e atuante na promoção de momentos de reflexão, estando aberto diálogo e, principalmente procurando estabelecer um conjunto de metas factíveis com a participação dos envolvidos para que a educação de fato qualitativa, humanizadora, reflexiva e formadora.

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão Escolar: teoria e prática. 5ª ed. Goiânia: Alternativa, 2004.

Artigo 3 - REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA

Rosimeri Vieira Bujes
Profº Luciana Ferreira
Curso Pedagogia EAD/ULBRA
Módulo 9


Resumo

O presente trabalho tem como objetivo demonstrar e delinear a importância da reflexão sobre a prática pedagógica e o repensar da prática docente, para, assim buscar, um bom nível de ensino, com qualidade, comprometimento e desenvolvimento da aprendizagem para a formação do aluno, buscando uma atenção especial, partindo do pressuposto de que é necessário construir conhecimentos e estruturar a área da educação.
Além disso, procurou-se refletir sobre a realidade de inovações que exige do educando e do educador novas competências para entender constantes modificações da sociedade na atual perspectiva de vida.

Palavras-chaves: educação; prática; reflexão.

1.      INTRODUÇÃO

A educação é a mola mestra para o crescimento de todo e qualquer ser humano. É condição essencial ao exercício da competitividade e da cidadania.
Todavia, não se pode apenas consumir cultura, temos que assumi-la, para que a educação, não seja apenas um objeto da relação aluno/professor, mas um meio que permita que o aluno dialogue com o seu meio ambiente. Para isso, é preciso definir o papel da escola e, assim, adequá-la ao novo padrão de desenvolvimento cultural.
A sala de aula tornou-se lugar de grandes emoções e muitas alegrias, sendo um espaço afetivo, harmonioso e cativante. No entanto, para que esse sentimento aflore, é necessário integrar professor e o aluno num universo subjetivo, como sujeitos da educação.
A sala de aula é considerada um importante espaço positivo para o processo de alfabetização e aprendizagem múltiplas, além de ser um local onde é possível viver cada dia, sendo que cada dia é único.  A aprendizagem é um processo contínuo. Nesse processo, o aluno recebe novas bagagens de conhecimento.
O processo de aprendizagem, no entanto, depende da maturação, ou seja, do envolvimento e do interesse de cada indivíduo. Com o objetivo de levar o aluno à apropriação do conhecimento, com a liberdade de pensamento, é necessário entender que a aprendizagem acontece por meio de estímulos. Assim, pode-se afirmar que um conjunto de saberes são elaborações de trabalhos e atividades que resgatam a identidade de cada integrante da sala.
É de fundamental importância a da estrutura física da sala de aula, como, por exemplo, uma boa iluminação, um amplo ambiente, ventilação, material didático, livros, móveis adequados, higiene, alimentação, exposições dos trabalhos dos alunos, brincadeiras educativas, trabalhos com o lúdico, teatro e músicas. Tais requisitos, tornará o ambiente mais confortável, aconchegante e colorido, cativando o aluno e facilitando, de forma adequada, no momento de sua aprendizagem, uma vez que, com tais recursos, o aluno se sentirá inserido no ambiente escolar.
Dessa forma, é necessário que a aprendizagem ocorra de forma provocante e significativa, atingindo o âmbito emocional do aluno. Esse método dará capacidade ao aluno, pois apresenta um alto índice de eficiência. O caminho inverso impediria a aprendizagem natural do educando.
É imprescindível que o professor saiba que as reações emocionais do aluno são reflexos de suas atitudes como educador que enfrenta desafios, surgidos ao longo de sua prática docente.

2.      REPENSAR A PRÁTICA DOCENTE

É de fundamental importância para a abordagem de  conteúdos que contemplem tanto os conteúdos desenvolvidos em sala de aula, como os que ampliem os assuntos conceituais, que englobem procedimentos e atitudes, além de enfatizar posturas e valores, desenvolvendo uma cultura de cidadania, conhecimento científico e melhoria do bem viver global.
Nas atividades cotidianas do docente, confundem-se, algumas vezes, significados dos conceitos com fatos. No entanto, fatos são informações restritas e pontuais e conceitos são representados por palavras, que tem significado específico, no momento em que ouvimos e produzimos uma imagem mental.
Os parâmetros curriculares nacionais propõem mudanças, do seu ponto de vista, e relaciona a demanda dos conteúdos curriculares, para que os alunos desenvolvam as capacidades que lhes permitam dar origem a gozar dos bens culturais, sociais e econômicos, o que significa que os conteúdos não devem ser trabalhados unicamente como o meio, mas como o fim em si mesmo.
                      Assim, a prática docente deve estar em constante avaliação e, automaticamente, em  processo de construção e reconstrução, sendo que é de vital importância sua reavaliação diária, a fim de desenvolver uma proposta de trabalho que propicie um entendimento e um planejamento que medie ou considere o pensar pedagógico, para assegurar uma aprendizagem significativa para o aluno, sem a preocupação tão somente com conceitos e com habilidades subjetivas, mas com objetivos que facultem a progressão de atitudes. Mas, para que tudo isso dê certo, é de fundamental uma correta atuação por parte do docente. Muitos docentes recebem mal esta sugestão, porque continuam apegados ao estilo tradicional de “ensinar”, “instruir”, “treinar”. Apesar de todas as agruras dos professores - que são inúmeras, e algumas inaceitáveis - em geral eles gostam de dar aula. A definição mais corriqueira de professor é dar aula.              Freqüentemente ouço que aula é “cachaça”, a ponto de não importar muito o que se paga por ela. Alguns professores, ocupados em suas profissões específicas, aparecem na escola só para dar aula, e vêem nisso um jeito atraente de continuarem vinculados ao contato com estudantes. Alguns são “horistas”, no sentido de que dão uma ou outra aula, como atividade lateral, eventual; outros vivem disso, dando aula em vários lugares, para ganharem melhor. Em sentido bem concreto, aula é xodó de professor. Ele gosta de aula, em geral, muito mais que os alunos.
                 Entretanto, na dinâmica dos novos tempos marcados por novas tecnologias e novos ambientes de aprendizagem, aula está se esvaindo, porque corresponde a um gesto completamente obsoleto: transmitir conhecimento, conforme a carga curricular.
                Na percepção de todos os grandes educadores, como Sócrates, Piaget, Vygotsky, conhecimento não se transmite. Se constrói, desconstrói e reconstrói. O que se transmite é informação digitalizada. Esta pode ser gravada, armazenada, guardada, enviada, em sua condição de sintaxe. Já conhecimento, como dinâmica semântica, existe na e como dinâmica desconstrutiva e reconstrutiva.    Podemos, então, visualizar a aula ou como expediente de transmissão - aí não faz mais que lidar com informação disponível - ou como expediente de reconstrução de conhecimento - aí é tipicamente dispositivo auxiliar, cujo sentido é promover a construção de conhecimento, não sua substituição.
                O educador deve tomar atitudes que produzam conscientização por parte do educando e docente, pois a aprendizagem de qualquer conteúdo atitudinal depende da postura do professor e, pode criar momentos agradáveis e vínculos afetivos entre os dois.
Segundo Luca (2007, p.72): “Diante de tudo isso, resta-nos considerar os conteúdos atitudinais em nosso plano de aula e também no nosso fazer professor”.
Contudo, os conteúdos atitudinais são atribuídos também aos valores e sentimentos que os alunos concedem a certos fatos, tendo atitude de solidariedade, respeito, amor ao próximo entre outros.Deste modo, afirma-se que o repensar da prática docente facilitará a compreensão da atuação do professor em todos os sentidos.
  
3 CONCLUSÃO

A concepção da aprendizagem exaustivamente disseminada nos dias de hoje ressalta o quão importante são as interações entre sujeitos e objetos para aprendizagem. Seguindo tal perspectiva, destaca a pedagogia interativa, uma proposta de valorização do papel do professor como mediador de novas e recorrentes interações e encorajador da rede de conhecimentos que os alunos constroem e do desenvolvimento de novas competências comunicativas.
Apesar dos discursos inquietantes e iniciativas mobilizadas, assistimos a uma situação extremamente paradoxal: enquanto as crianças interagem com mais informações audiovisuais e meios eletrônicos do que com mídia impressa, vivendo em mundo permeado pelas novas tecnologias, seus professores foram formados para ministrar em ensino baseado em técnicas pedagógicas, conteúdos e materiais convencionais. Muitos educadores acabam apenas reproduzindo os modelos tradicionais de ensino. Mesmo com diretrizes gerais voltadas á atualização profissional de professor e à renovação do setor educacional. Pois o preparo dos docentes brasileiros para a utilização de mídias e objetos digitais como materiais didático-pedagógico ainda deixam muito a desejar.
Dessa maneira a reflexão da prática pedagógica seria lançar fatos e conhecimentos que se referem a princípios e conceitos da realidade do saber-fazer. Refletir sobre as técnicas, as destrezas, as atitudes e os sentimentos como valores que farão com que o aluno atribua normas, regras, comportamentos e atitudes adequados.
Com esse conjunto de conceitos, regras e conhecimentos, caberia a cada um criar, após contato com diversas informações sobre determinado assunto, o próprio conceito de acordo com a sua vivência de mundo.
O professor vai levantar hipóteses e chegará a algumas conclusões e formará seus conceitos. Desta forma, conclui-se que o importante não é o assunto, nem o tema, mas possuir um método, que permita através dos conceitos, mudarem as atitudes.


 4. REFERÊNCIAS

Luca, Anelise Grunfeld de Metodologia e conteúdos Básicos de Ciências Naturais. Indaial. Asselvi, 2007.
Leontiev, Luria. - Psicologia e Pedagogia. Lisboa, Estampa, 1977.
VyGOTSKY, Leontiev, Luria. - Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. SP, Icone, 1988.
PIAGET, Jean. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro, Olympio – Unesco, 1973.
Alava, Seraphin ET alli. Ciberespaço e formações abertas: rumo as novas práticas educacionais, Porto Alegre: Artmed, 2002.




INCLUSÃO DIGITAL – REDES SOCIAIS

O TERMO “INCLUSÃO DIGITAL”
O termo “inclusão digital”, de tão usado, já se tornou um jargão. Virou moda falar do assunto, ainda mais no Brasil, com tantas dificuldades – impostos, burocracia, educação – para facilitar o acesso aos computadores.
A expressão nasceu do termo “digital divide”, que em inglês significa algo como “divisória digital”. Hoje, a depender do contexto, é comum ler expressões similares como democratização da informação, universalização da tecnologia e outras variantes parecidas e politicamente corretas.
Inclusão digital significa, antes de tudo, melhorar as condições de vida de uma determinada região ou comunidade.
Quando se ouve falar de inclusão digital, imediatamente imagina-se a ação do Governo e dos políticos, elaborando projetos para ensinar informática em comunidades carentes, em escolas públicas e áreas remotas. Mas porque temos que esperar tudo sempre do governo?
Pensando assim, os Alunos do Projovem Urbano Alvorada foram além e tiveram essa grande idéia, que visa incluir as crianças de sua comunidade no mundo digital e, além de praticarem a solidariedade, também reproduzem o conhecimento que obtiveram ao longo do curso no Projovem Urbano e no Arco de Administração dividindo com as crianças de sua comunidade, muitos familiares ou vizinhos dos alunos do Projovem.

INTENÇÃO DO PROJETO
O projeto foi criado pensando-se em fortalecer o respeito, a solidariedade, os vínculos familiares e comunitários, além de possibilitar que as crianças da comunidade se apropriem do espaço de informática da Escola Alice de Carvalho, podendo aprender acessar a internet, digitar um texto ou até mesmo aprender a ligar um computador. Uma oportunidade de iniciação digital.

METODOLOGIA
Sabe-se que atualmente a internet é uma das formas mais eficazes e democráticas de manifestação e expressão de opinião e de comunicação. Nela, cada um pode formar suas redes sociais, sempre baseados em informações e interesses comuns. Além disso, na busca pela transparência, a rede aproxima, logo, encurta distâncias e permite acesso a notícias e informações de qualquer parte. Os alunos do PJU se apropriaram disso e utilizam a rede sempre e, querem agora que as novas gerações também tenham acesso a mesma. Logo, são os multiplicadores daquilo que aprenderam nas aulas do Projovem Urbano - núcleo Alice de Carvalho, com as respectivas educadoras.
 Rosimeri Bujes (arco de Informática).



Artigo 2 - UM FAZER PEDAGÓGICO COMO COMPROMISSO SOCIAL E POLÍTICO

REPENSAR O FAZER PEDAGÓGICO

Rosimeri Vieira Bujes
Profº Luciana Ferreira
Curso Pedagogia EAD/ULBRA
Módulo 12

1. UM FAZER PEDAGÓGICO COMO COMPROMISSO SOCIAL E POLÍTICO
  
Em um país como o Brasil, que ainda enfrenta problemas tanto na área da educação quanto no controle da violência, nada mais oportuno que educadores e educandos façam uma reflexão sobre o papel da escola com relação à formação da cidadania. Acredito que através de debates e propostas concretas é possível melhorar a qualidade de ensino que é oferecida a todas as pessoas que tem como meta aprimorar seus conhecimentos na tentativa de reconstruir uma vida melhor e mais prazerosa.
             A educação escolar pode desenvolver um papel fundamental na vida do ser humano, porém segundo Barbosa (2000, p. 20), “A educação como artífice da paz é preciso construir escolas dotadas de significados, nas quais a alegria, o prazer e a comunicação estejam presentes”.
            A partir disso, questiono a importância de um comprometimento reflexivo que nós enquanto educadores devemos ter do nosso fazer pedagógico. Onde, como e por que buscamos alternativas para reverter o quadro da nossa realidade, orientando a aprendizagem e o ensino para as experiências congruentes, válidas para as atuais exigências profissionais e os desafios do futuro incerto e desconhecido?
            Entre as leis do pensamento e o modo como as desenvolvemos e assumimos na prática existencial, nas relações com as pessoas, individualmente e, de modo especial, em nossa vida profissional, encontramos dissonâncias gritantes que evidenciam o desequilíbrio entre o que teorizamos e o que fazemos.

            2. A IMPORTÂNCIA DE AVALIAR A PRÁTICA PEDAGÓGICA
           Nesse sentido, a avaliação minuciosa da prática pedagógica nos possibilita visualizar as discrepâncias que existem entre as leis, os princípios, os objetivos e as finalidades que nos propomos e que gostaríamos que orientassem nossos procedimentos.
          É comum denunciarmos acontecimentos que são conseqüências, pensando que estamos contribuindo para a solução de problemas, não vamos a fundo, às raízes das doenças que atingem todos os aspectos da vida humana. Ficamos amarrados às falsas analogias e contra-valores, que sedimentam a sociedade contemporânea.
 Muitas vezes, falta-nos coragem, audácia e convicção para um estudo sério e demorado. Abdicamos da possibilidade de avaliar, com profundidade e amplitude, os acontecimentos que presenciamos, tolhendo nossa possibilidade real de elaborar alternativas capazes de mudar o rumo caótico e difuso da história atual.
 Nesse sentido, a avaliação da prática pedagógica requer um compromisso social e político, por parte da comunidade escolar. A ação coletiva dos educadores constitui o elo fundamental, pois são os produtores dos saberes essenciais do conhecimento técnico indispensável para o desencadeamento de um envolvimento mais comprometido com o fazer pedagógico que faz parte do Regimento Escolar, do Projeto-Político-Pedagógico e dos Planos de Estudos da escola. No entanto, Silva (1998, p. 213), salienta que:

Apesar desta condição, não podem prescindir dos conhecimentos a contribuição dos demais atores (família, alunos, funcionários) sob pena de inibir, despotencializar, frustrar o processo pedagógico e assumir com exclusividade os resultados do fracasso escolar.

 Na verdade, estamos “encurralados” num espaço muito pequeno, onde o movimento de mudanças é imperceptível, tendo em vista que o contexto esmaga a força interior de cada um, nos tornando manipulados, reprodutores, às vezes desta própria sociedade.

3. ARTICULAÇÃO DA TEORIA E DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

              Se ainda, muitos cidadãos de bem permanecem aprisionados, sem o mínimo necessário para manter a dignidade, como a escola intervém em relação aos valores que dão sentido a vida dos educandos? O que as escolas e os educadores podem fazer para que os valores façam parte do patrimônio da humanidade? Sabemos que é papel da escola articular e construir conhecimentos, mas quais os conhecimentos?
             Ao questionar quais os conhecimentos, faço referências àqueles que são fundamentais para a formação integral do ser humano, isto é, um ensino e aprendizagem tendo como base as experiências de vida, tanto dos educandos quanto dos educadores. Experiências de vida, capazes de responder aos apelos de uma vida digna, inseridas no conjunto da realidade que constitui o panorama de fundo do edifício da existência. Nesse sentido, Freire (2000, p. 110), salienta que “ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo”.
            Toda ação humana é movida por valores. Por isso, reconhecê-los e buscar a sua gênese é uma tarefa urgente e significativa. Porém, há uma incumbência ainda mais urgente e desafiadora: estabelecer o sentido da teoria e da prática na educação.
          Conforme Morim (2000, p. 35), isso significa que devemos como educadores “situar e relacionar todo o conhecimento no contexto e planetário, pois o mesmo é necessidade intelectual e vital” de todos os seres humanos, porém “para articular e organizar os conhecimentos, reconhecer e conhecer os problemas do mundo é necessário a reforma de pensamento”.
             O professor-formador, ultrapassa a superficialidade da simples informação. Levando em consideração os conhecimentos que os educandos já possuem, oferece novos pontos de vista e propicia o debate para que se construam soluções para os problemas que se colocam.

4. UM FAZER PEDAGÓGICO INTERDISCIPLINAR

           Diante disso, vejo que um trabalho educativo voltado para a educação do futuro, deve acontecer de forma interdisciplinar, e não de forma determinística ou amarrada a gostos ou modismos consagrados pela modernidade. Isto exige segundo Prado (2002, p. 61) “que nossa proposta pedagógica, além de prática, seja flexível, processual e holística”. Além disso, afirma o autor, “de pouco nos servirão os modelos e normas preestabelecidos se não tivermos a valentia de readequá-los às exigências da nova realidade”.
         Ainda citando Prado (2002, p. 61), “a pedagogia é um fazer, os caminhos que a ela conduzem são construídos e percorridos nesse fazer cotidiano e permanente”. Nesse aspecto, faz sentido afirmar que, a educação como busca permanente de conhecimento e comprometida com a formação integral do educando, deve ser essencialmente humanizadora, problematizadora, libertadora, questionadora, crítica e transformadora.
 Essa postura se fundamenta na consciência do nosso compromisso de informar e formar através da elaboração de conhecimentos sólidos, isto é, dar sentido ao que fazemos, pois segundo Prado (2002, p. 63),
  
(...) caminhar com sentido significa, antes de tudo, dar sentido ao que fazemos, compartilhar sentidos, impregnar de sentido as práticas da vida cotidiana e compreender o seu sentido (non-sense) de muitas outras práticas que aberta ou sorrateiramente tentam-se impor.
  
Assim, pode-se ressaltar que as afirmações de Prado são aceitáveis, pois o fazer pedagógico do educador, nesse aspecto, a partir das novas relações de compromisso social, pode alterar o teor pedagógico, transformando o ato puramente escolar ao criativo, criando assim uma situação em que num ato coletivo se ensina e se aprende.


5        CONCLUSÃO

     Partindo do pressuposto de que o compromisso do professor-formador está ligado à formação da consciência crítica, pois enquanto, oferece condições ao educando de conhecer objetivamente seu meio, possibilita-o a inferir nesse meio e descobrir-se, reconquistar-se como sujeito de sua própria história.
Então, cabe a nós educadores, situar o homem como centro de todas as relações, e, conseqüentemente, como agente de sua própria educação. Isso significa que, devemos oferecer os meios de compreender o que ele é, o que ele faz e o que poderia fazer em determinado momento para transformar responsavelmente a sua própria existência.
Portanto, eis o desafio que temos como educadores, junto ao ser humano. Nós educadores deveríamos refletir, analisando e avaliando periodicamente as nossas práticas pedagógicas, pois temos uma função primordial que é formar o ser humano de maneira integral. Ao falar da formação integral, saliento que temos um ser que é composto de sentimentos, emoções, comportamentos distintos e pensamentos que se diferem e, na medida que, vão interagindo com o meio através de objetos, bem como, através das relações sociais e afetivas, ele irá construir aos poucos a sua própria personalidade e, esse é o nosso compromisso: contribuir para a formação de um cidadão pleno e integral, capaz de transformar responsavelmente as situações adversas que se apresentam no seu cotidiano.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 BARBOSA, Cláudio Sampaio. Educação para a paz. São Paulo: Cidade Nova, nov. 2000.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de janeiro: Paz e Terra, 2000.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000.

PRADO, Franciasco Gutiérrez Cruz. Ecopedagogia e cidadania planetária. Tradução Sandra Fabricco Valenzuella. 3. ed. – São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2002.

SILVA, Luiz Heron da. A escola cidadã nocontexto da globalização. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

Artigo 1 -A Supervisão educacional e o currículo escolar

PÓS GRADUAÇÃO: GESTÃO E SUPERVISÃO EDUCACIONAL COM ENFASE EM POLITICAS PUBLICAS

A Supervisão educacional e o currículo escolar

Rosimeri Vieira Bujes
Resumo
Este artigo tem por objetivo apresentar a necessidade da reconstrução curricular nos anos iniciais do ensino fundamental e a importância do papel do supervisor educacional frente e incluso nesse processo que promoverá a melhoria das práticas docentes e consequentemente uma aprendizagem mais concreta e possibilitadora de conhecimentos transformadores.
Palavras-chave: currículo, supervisão educacional, reconstrução
Introdução
Para pensar em uma educação de qualidade é preciso rever nossos conceitos em educação e também nossas ações sobre ela.
A reelaboração e a construção do currículo nos reportam a um grande desafio, uma vez que muitos educadores sentem-se desmotivados ou até mesmo despreparados para esta reflexão.
Ao supervisor educacional cabe despertar nos docentes a importância dessa reflexão e reconstrução, uma vez que diagnosticada a defasagem curricular.
O supervisor e o currículo
O supervisor precisa estar ligado frente às transformações sociais e para tanto sua intervenção e participação no processo de reformulação curricular é imprescindível e tornará ainda mais efetivo o trabalho que apoia e fortalece não somente a aprendizagem do aluno, mas também a escola como um todo.
No referencial curricular de Lições do Rio Grande, Matemática e suas Tecnologias, afirma que “O currículo vem perdendo o sentido de instrumento para intervir e aperfeiçoar a gestão pedagógica da escola e a prática docente.” (LIÇÕES DO RIO GRANDE, p.11).
A construção coletiva favorece o sucesso da aplicação de qualquer projeto e se tratando de currículo a integração de diferentes ideias e conceitos conduzirão a uma unidade que firma um compromisso entre os envolvidos.
A presença do supervisor traz à reflexão curricular a visão da instituição que deve vincular e alinhavar a construção do currículo ao projeto político-pedagógico da escola este como fio condutor entre escola, aluno e aprendizagem.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a educação brasileira é definida a partir da lei 9394/96 em seu título I, artigo 1º:
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organização da sociedade civil e nas manifestações culturais. (LDB, 1968:01).
Com isso, a escola não pode esquecer os alunos possuem uma história de vida, possui influências fora da escola, comportamento individualizado e uma bagagem de vida cultural específicos ao ambiente em que vivem, formando assim os elementos básicos pata a formação do currículo escolar.
Repensar o currículo, torna-se uma tarefa prioritária para o equilíbrio entre a realidade e o que almejamos para o futuro. Rever e refletir os significados das diferentes competências e habilidades que desejamos atingir, para não limitarmos por disciplinas e sim incluir situações em que os conteúdos aprendidos tornem possíveis as aquisições de reais conhecimentos.
Segundo Moreira e Silva:
O currículo há muito tempo deixou de ser apenas uma área meramente técnica, voltada para questões relativas a procedimentos, técnicas, métodos. Já se pode falar agora em uma tradição crítica do currículo, guiada por questões sociológicas, politicas, epistemológicas. (MOREIRA E SILVA, 1995, p.7).
Sendo assim, os objetivos dessa reconstrução curricular devem levar em conta as reais necessidades dos alunos, capacitando-os para a vida social e consequentemente para uma boa formação de cidadãos críticos.
Considerações finais
            É por esta razão que, a reforma curricular necessita ser entendida e detalhada para que se tenha a certeza do que e quando esperamos que os alunos aprendessem. O supervisor engajado neste processo possibilita ainda mais credibilidade aos docentes, incentivando-os e mantendo uma unidade instituição, estabelecem juntos objetivos e meios, garantindo uma avaliação mais precisa dos resultados alcançados através desta integração. Sendo assim, se faz necessário uma relação dialética entre todos da equipe proporcionando um bom relacionamento interpessoal e um bom espírito de liderança, capazes de legitimar a sua atuação e conquistar seu espaço, sempre em uma perspectiva crítico participativa.
            Embora sejam muitos os desafios a serem vencidos pelos supervisores escolares dentro de seu local de trabalho, mas é emergente que eles se afirmem enquanto profissionais da educação para que ajam ações que atenda toda comunidade escolar e que favoreça a participação de todos.


Referências:
BRASIL, "Lei nº 9.394, de 20.12.96,
Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional" In: Diário
Oficial da União, Ano CXXXIV, nº 248, de 23.12.96, pp.
27.833-27.841.
MOREIRA, A. F. B. SILVA, T.T. da (Org). Currículo, cultura e sociedade. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995.
Rio Grande do Sul. Secretaria de Estado da Educação. Departamento Pedagógico. Referenciais Curriculares do Estado do Rio Grande do Sul: Matemática e suas Tecnologias / Secretaria do Estado da Educação – Porto Alegre: SE/DP, 2009.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Relato e apresentação dos alunos

Utilizaram-se das perguntas do quadro FUNÇÕES E FONTES DAS PRINCIPAIS VITAMINAS E MINERAIS, e logo, também, fizeram um link na alimentação saudável, e foi bem descontraída essa atividade, pois adaptarão como a brincadeira do stop.

No encerramento com a turma foi dividido e grupo onde aplicarão seus conhecimentos na turma do segundo ano.
Conclusões:
No dia 3/07

Essa pratica observei que trouxe aos grupos, autonomia, cooperação, organização, afinidade, demonstraram dinamismo. Além de, superar o medo. Mas ficou visível que esse momento da aprendizagem, tanto para os alunos (as) da turma 65 como para os alunos do segundo ano, ofereceu momento de descontração estabeleceu um laço afetivo entre eles no momento da aprendizagem. Também possibilita todo um trabalho de inter-relações entre os conteúdos escolares e sua aplicação prática no cotidiano dos alunos. O entendimento dos conteúdos pelos alunos ficou evidente a partir das explicações durante o projeto, e atividades ministradas em sala de aula, das apresentações orais, no momento, da explanação, das atividades.


Os alunos do sexto ano se apresentando para a turma do segundo ano.
Atividades desenvolvidas nos grupos
Os pequenos apresentado para turma seus trabalhinhos

Metodologia - aula 5

No dia 28/06
Resultado:
O primeiro momento foi uma conversa com a turma, onde foram levantadas questões bem pontuais, que muitas vezes dentro da escola ainda encontramos a falta de higiene, e após todas as colocações, fomos para sala informatizada para assistir o passo a passo da confecção da historinha em quadrinhos.
Conclusões
Nessa pratica, utilizando a método da Data Show pude observar que, a visualização é uma estratégia fundamental para um bom aprendizado, pois faz com que, o aluno, preste atenção, e consiga refletir e analisar e tirar suas duvidas com mais facilidades, Proporcionando assim, um bom resultado.

Na sala informatiza o professor passou o passo-a-passo na data show, e logo, em grupo cada aluno manuseou no site as explicações da confecção das historinhas em quadrinhos. 


Caixa surpresa